Fazendo a minha Caminhada diária pela cidade me deparei com uma nota no chão, e como qualquer pessoa faria, abaixei para pega-la e com a impressão de estar manifestando dinheiro como disse Steve Pavlina fiquei feliz, mas logo veio a frustração do ato. Era falso, ou mais estranho que isso, era um folheto de publicidade e se a intenção era fazer a pessoa pegar e olhar o panfleto, parabéns missão cumprida. Trabalhando no meio publicitário e envolvido com pessoas empreendedoras e talentosas é quase um ruído visual olhar uma publicidade feita daquela maneira, mas como o destino final é vender é complicado dizer o que funciona claramente ou não neste meio.
Será que funciona?
Concordo com o meu amigo Rodrigo Guedes, quando ele aborda em seu blog que o cliente ou as pessoas em geral precisam retirar suas opiniões e ego de lado para que um bom trabalho possa ser feito. No caso da publicidade onde o cliente deseja que seu produto seja visto e vendido com o menor custo possível fica inviável falar de qualidade visual em um mercado que não exige esse tipo de conduta. É como se qualquer coisa servisse desde que seja apenas do seu jeito, e nada melhor do que citar a célebre frase de Ford:
“Os carros podem ser produzidos de qualquer cor, desde que sejam todos pretos.”
E para tanto as duas forças neste processo, o empresário e os profissionais da comunicação precisam estar alinhados no manjado mantra do meio:
“Faça tudo para os clientes e só para os clientes.”
De nada vale jogar uma campanha linda e maravilhosa para um público que pode gastar apenas poucos reais por semana, então por que ele iria desperdiçá-los com você? E os profissionais e empresários prontos e na ânsia para venderem seus respectivos peixes se esquecem do cliente que acaba indo para outro lugar. A cadeia que nos leva até ele é complicada e tortuosa, cada mercado exige uma maneira única de comunicação. Tome como exemplo a construção civil; os pedreiros são negligenciados em algumas áreas, mas eles são os responsáveis por quase toda compra de materiais de construção da obra. E as empregadas domésticas são ouvidas para recomendarem os melhores produtos para seus patrões? A escala sempre começa na base da pirâmide que nos levará ao topo da satisfação de Maslow e é isso que as pessoas querem; serem ouvidas e respeitadas, cada qual na sua área, por isso na hora do processo de venda estejamos alertas, pois tudo é emocional. Quer saber porquê?
Minha colega de trabalho chegou hoje reclamando de uma grande espinha que se alojou no meio da testa e nisso aparece um senhor vendendo “Banha de Peixe-boi” do qual ilustra esse post, notando a enfermidade da moça ele ofereceu o produto. E Qual era o argumento? Fazia desaparecer a espinha rapidamente. Ela comprou o produto por dois motivos: Continha a solução do seu problema e custou apenas R$ 3,00. Se o produto funciona não sei e se é ético utilizar esses argumentos também não tenho a mínima idéia, só sei que ela comprou a pomada e eu peguei o Folheto com a impressão de R$ 50,00 do chão. Que doido, não?
2 respostas em “Você vende pra quem?”
Obrigado pela citação André.
Ótima abordagem. A adequação à realidade do cliente e a criatividade (imprescindível) para tornar uma ação efetiva são elementos indispensáveis às empresas e profissionais, hoje. O Marketing de Guerrilha, as Redes Sociais e as constantes inovações em Comunicação estão aí para nos mostrar a importância de se aproximar e falar com o público usando o que o cliente tem de melhor (e verdadeiro).
Vamos em frente.
Forte abraço.
Obrigado Guedes, seja sempre bem vindo por aqui!